VOTE NULO! VOTE NULO! VOTE NULO! VOTE NULO!
G. P. E. M - Capistrano/Quixadá/Fortaleza/Itapiúna/Senador Pompeu/Ibicuitinga/Banabuiú/Quixeramobim/Milhã/Ibaretama/Ocara/Aratuba/Baturité
domingo, 3 de outubro de 2010
Marmeladas 2010 - Últimas noticias!
VOTE NULO! VOTE NULO! VOTE NULO! VOTE NULO!
domingo, 5 de setembro de 2010
VOTAR OU NÃO VOTAR! EIS A QUESTÃO.
Caros colegas leitores, estamos em período eleitoral, e em poucos dias os brasileiros estarão se dirigindo as urnas para votar. É verdade que já houve um tempo em que tal atitude era concebida como um sonho, como por exemplo, no período ditatorial. Em tal momento, via-se a possibilidade da eleição direta para escolha de governantes como símbolo de liberdade e democracia. Por meio desse ato tudo melhoraria, educação, saúde, imprensa, segurança, lazer, cultura entre outros aspectos da sociedade. Se de fato, tivesse ocorrido essa transformação, deveríamos, é claro, estarmos orgulhos pela aproximação do dia em que mais uma vez estaríamos dando uma injeção de progresso na sociedade brasileira, entretanto, a realidade nos mostra outra verdade. Analisemos então os seguintes pontos, e vejamos se devemos nos dirigir as urnas.
1) O voto não é um ato democrático. Somos obrigados a votar sob pena de multa e, do contrario, temos o acesso impedido a vários serviços como, por exemplo, a concessão de determinados tipos de créditos bancários, impedidos de sair do país e de participar de concursos públicos. Esses são apenas alguns dos exemplos mais corriqueiros.
2) Voto e Educação. Apesar da exigência para que todos votem e escolham alguém para, entre outras coisas, zelar pela educação da nossa cidade, temos hoje o menor índice de reprovação dos últimos tempos. Isso, entretanto, não implica em qualidade, e sim em números. Os estudantes estão sendo aprovados sem os pré-requisitos básicos para cursar a série seguinte, os professores estão indo para a sala de aula sem formação adequada, os conteúdos são cada vez mais simplistas e as escolas continuam sem a estrutura básica para receber os alunos, como um simples Bebedouro.
3) Voto e Segurança. Nosso voto, apesar da exigência – vale repetir –, não garante nossa segurança. Dia após dia, somos noticiados sobre assaltos, roubos, estupros, etc. Entre esses, podemos destacar aqueles nos quais vários políticos da nossa própria cidade estão envolvidos (é só conferir no site do TSE/TRE). Enquanto pessoas comuns estão sendo vítimas desses atos, a polícia está fazendo a segurança de particulares, como por exemplo, do posto de combustível, dos maiores mercantis da cidade e de eventos pelos quais é cobrada uma taxa em torno de cem reais.
4) Voto e Saúde Pública. Apesar do nosso voto, os hospitais continuam precários, faltando por vezes medicamentos básicos para os pacientes. Para se obter uma consulta com um especialista, tenta-se quase um ano e além desses problemas, existe a incompetência de médicos que receitam fisioterapia para quem está à beira de um ataque cardíaco. Isso para não falar do atendimento, que por ser feito por bajuladores do prefeito, é o pior. Essas pessoas acham que são os verdadeiros donos da situação. Com tudo isso, no período eleitoral aparece “doutores” médicos consultando na casa do paciente, só para mostrar a falta de vergonha e desrespeito para com outros.
5) Voto e Mídia. Os canais de TV diariamente incentivam o voto. Isso se deve ao fato de que, são empresas, e como tais, são as que patrocinam essa política suja que em troca, procuram a todo custo validar leis e projetos que beneficiem os donos dos seus cofres.
6) Voto em Branco/Nulo. Somos a todo o momento induzidos a votar em alguém, e que o voto em branco ou anulado não é uma boa opção. Então qual será a melhor opção? Votar em pessoas corruptas que se aproveitam dos cargos públicos? Votar em pessoas que nos dão uma “segurança” desqualificada que pretende impor a ordem através do medo, espancando as pessoas nos bares? Votar em pessoas que dão uma educação de má qualidade para as crianças, sem livros de adequados, sem professores preparados, sem material didático e despreocupada com a formação críticas dessas crianças?
7) VOTE NULO. Companheiros, diante de toda essa vergonha, sinceramente, as pessoas que fazem parte da política hoje, não são dignas de voto. Diante dessa situação, é melhor votar nulo, pelo menos assim, não ficamos com a consciência pesada por estar contribuindo com toda essa desordem. Dessa maneira, talvez, um dia as pessoas que fazem a política criem o mínimo de respeito e compromisso com a sociedade. Não contribua com a corrupção, com a má educação, com uma polícia desastrosa, com empresários ambiciosos que escravizam seres humanos e nem com o luxo pessoal de deputados, senadores, governadores, prefeitos e vereadores!
VOTE NULO
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
METODOLOGIA DA PESQUISA EM EAD
Francisco Romário de Lima
Wallace Stalone Lopes Silva
Gutemberg Nobre de Souza
Antonio Nascimento da Silva
O objeto do presente trabalho como sugere o titulo acima, é de modo geral a educação a distância. Entretanto, tal tema é bastante abrangente para a categoria do esforço agora realizado, sendo assim, restringido apenas as questões referentes aos métodos empregados por essa modalidade de ensino. A preocupação é saber que tipo de métodos são empregados e se eles realmente atendem as necessidades formativas de modo geral. Pois sabemos que, no modelo tradicional, onde há um esforço bem mais anterior no sentido de usar ferramentas e atitudes que propiciem um melhor resultado na aprendizagem, ainda não foi encontrada essa formula que garanta o pleno sucesso na formação do ser, assim como na vida profissional dos usuários, tal como veicula a mídia ao se referir a EAD.
Para conhecer hoje, os motivos ou possíveis que levaram esse modo de fazer educação via “tecnologia” a um lugar de destaque no gosto popular – e apenas popular –, é necessário um breve e introdutório histórico da evolução das técnicas. A priori, devemos quebrar os preconceitos com relação ao termo “tecnologia”, pois a primeira técnica externa usada pelo homem no sentido tirar proveito do meio foi um simples galho de árvore. Assim nos afirma Lukàcs (1983), quando escreve:
Primero se eligen guijarros de determinados caracteres para ciertos usos, y luego Del uso se tiran. Más tarde, esos guijarros aptos para algún uso (hachas) se recogen y guardan en cuanto que se encuentran. Hace falta una larga evolución hasta llegar a la fabricación de tales herramientas de piedra, primero como imitación de sus útiles originales casualmente hallados, tras de lo cual se produce, lenta y paulatinamente, la diferenciación de las herramientas. (P. 87)
A partir desse ponto começa toda a história da evolução das ferramentas, o que culminou nas modernas maquinas usadas pelo homem nos dias atuais. Isso serve apenas para mostrar que tecnologia não implica, por exemplo, em um artigo eletrônico contemporâneo altamente moderno no sentido capitalista do termo.
Desse modo, ao passo que o homem satisfazendo suas necessidades reais, outras tantas, a partir da primeira iam surgindo, avolumando-se dessa forma as objetivações do individuo com relação à natureza. Devemos lembrar que tal processo é antes de tudo o segundo pressuposto básico da história geral da humanidade e consequentemente do desenvolvimento particular de certas técnicas, já que a ausência de um negaria o outro. É o que nos mostra Marx e Engels (2005): “satisfeita essa primeira necessidade, a ação de satisfazê-la e o instrumento de satisfação já adquirido conduzem a novas necessidades”. Foi então através desse progresso determinado pelas condições concretas que chegamos as atuais ferramentas, e, no nosso caso, ao uso de certos instrumentos tecnologicamente desenvolvidos para promover a formação institucionalizada.
A explosão tecnológica que deu á humanidade contemporânea a possibilidade de comunicação massiva e instantânea, gerou a idéia de que presenciamos neste momento uma sociedade da informação. Entre outras, esse pressuposto fortaleceu a união entre essas novas técnicas e a educação institucionalizada. Sobre essa relação entre as técnicas modernas e a educação, de onde surge a EAD, o artigo “sociedade da informação e inclusão digital: uma análise crítica” traz alguns pontos essenciais para a refutação de argumentos que defendem a existência positiva de uma sociedade da informação.
No trabalho supracitado, realizado por Mattos e Santos (2009), nota-se uma breve leitura crítica da inclusão digital no Brasil. Os autores abordam as tecnologias da informação e da comunicação dentro do contexto do capitalismo presente. Nesse esforço, por meio de dados expõem provas contundentes contra a dita sociedade da informação. O desenvolvimento das tecnologias, segundo a visão da elite, seria algo revolucionário para a sociedade, ocasionando assim uma nova onda de produção e de poder, fatalmente isso geraria uma onda de riqueza e de oportunidades em massa em todos os países. Tal evento constitui-se para a mesma classe que o possibilitou, uma ruptura com o sistema capitalista, levando de fato a uma nova organização social, que eles chamam de a sociedade da informação. O desenvolvimento das tecnologias da informação e da comunicação (TIC’s) representaria uma nova era do capitalismo. Entretanto, tal explosão de riquezas e a dita transição a um capitalismo renovado caem por terra diante dos dados, pois estes mostram que os ganhos na produtividade, não estão crescendo, pelo contrário, a cada dia diminuem em comparação com a época de ouro do capitalismo (1945-1973).
No que se refere a propaganda capitalista de inclusão digital, os dados outra vez mostram uma realidade diferente. Podemos perceber no mapa da exclusão digital, elaborado pela FGV, que apenas 15% da população mundial está conectada a grande rede. Um número baixo para o positivismo da elite. Em nível de Brasil, pode-se dizer que a exclusão alcança níveis altíssimos. O que leva a essa falsa propaganda de inclusão digital por parte dos grandes capitalistas é simples, seja deliberadamente ou não, estes não analisam a situação a partir da realidade do cotidiano das pessoas de modo geral, mas apenas vêm o mundo partindo do seu próprio umbigo. É simples perceber que o fato de haver produção em massa de computadores e todos esses equipamentos modernos, não implica de maneira alguma, que estes estão chegando a toda à população, ou que todos estão utilizando essas maquinas. Se a opinião dos proprietários dos meios de produção fosse correta, certamente não haveria miséria na África e em nenhuma outra parte do mundo, já que a produção de alimentos, vestimenta e moradia, seria mais do que suficiente para satisfazer aqueles desprovidos desses bens.
Sobre a ideia anteriormente citada, a respeito de uma sociedade da informação, basta observar um pouco a realidade para percebermos o quanto ilusório é tal argumentação. Vejamos por exemplo, O sertanejo. Distante de toda a tecnologia “moderna” conhece todos os processos referentes ao seu transporte, seu “animal”. Este homem sabe exatamente quais e como por os arreios de maneira que tais equipamentos não traga nenhuma surpresa para si e nem para o “usuário”, conhece mais de que ninguém como se apoiar no animal para obter um melhor equilíbrio, identifica quando seu transporte está acometido de alguma mazela e ainda mais, identifica a doença e aplica-lhe a cura. Por outro lado, o homem do meio tecnológico, sobre seu carro moderno, tem o conhecimento apenas, quando muito, de guia-lo pelas ruas, sendo que, ao sinal do menor problema, quando percebido é claro, recorre imediatamente a outrem, para que este tente identificar o problema e ver as possíveis soluções. Tal exemplo, não provém de devaneios do puro pensar, mas sim, da realidade palpável, sendo passível de constatação empírica dia após dia, agora mesmo. Ademais, tal colocação serve para, de uma vez por todas, acabar com a ilusão de que vivenciamos uma sociedade da informação.
A educação nessa suposta sociedade da informação tem papel importante, pois forma, ou melhor, capacita as pessoas a trabalhar, operar as TICs. Dessa forma, a educação cada vez mais desumanizada pelas novas tecnologias, assume gradualmente um nível mais elevado como instrumento de fortalecimento ideológico e reprodução do capital.
De antemão, ressaltamos aqui a carência de um maior aprofundamento nesse tema que é de imensa relevância para a academia de modo geral, e em particular para os discentes do curso de Pedagogia em suas futuras ações práticas. Tal problema se deve principalmente a falta de uma investigação que se dê no plano real, no cotidiano dos indivíduos, pois aqui, nos limitaremos apenas aos livros e fragmentos destes. Ademais, o caráter de simples trabalho universitário, nos impede, em virtude do tempo, de uma pesquisa mais séria que partisse do cotidiano para só depois chegar ao teórico. Do modo em que somos obrigados a proceder no presente esforço, ficamos inevitavelmente – repito, pelo caráter de “trabalho escolar” –, fadados a cair no pecado de Hegel, qual seja, afirmar que o caminho que leva a compreensão da realidade, ao concreto, inicia-se com a lógica, com o puro pensar. Nessas condições queremos ressaltar que, não é nosso real desejo explicar o tema aqui tratado, pelo idealismo do sistema hegeliano.
Levando em conta as variáveis da pesquisa com relação às fontes, podemos traçar agora nossos objetivos para com o presente labor. De modo geral, pretendemos desmistificar a idéia corrente de que a EAD é a solução para o problema do acesso a educação de qualidade. Decorre desse que, de maneira específica pretendemos: 1) Analisar os métodos utilizados pela EAD, averiguando se esses correspondem às necessidades educativas reais da população; 2) Discutir as bases que fundamentam a EAD; 3) Refutar a ideologia dominante que afirma a existência de uma sociedade da informação.
Portanto, nossas considerações deverão, de maneira clara, atender a tais objetivos. Não por simples exercício, mas como já mencionamos, devido aos sérios impactos que tais assuntos trazem à educação atual, assim como as perspectivas futuras geradas sob a ótica positiva desses temas, pois estas, como serão detalhadas adiante, contradizem as aspirações das massas desprovidas de capital.
A princípio, a consideração que fazemos é sobre os métodos utilizados na EAD, mais precisamente, na metodologia da pesquisa dessa modalidade de ensino. Como é de conhecimento da maioria, no cotidiano de uma sala de aula, ocorre incessantemente a tentativa do educador em buscar o melhor resultado no que tange ensino aprendizagem. Nessa luta, evidenciam-se entre outros tantos obstáculos, a fragilidade material das escolas publicas, a ausência de um currículo que atenda de igual para igual as expectativas e necessidades dos educandos e ademais, a má formação – não por própria culpa, mas por fatores matérias concretos como alimentar sua família–, que traz por último, o problema com relação a que método utilizar para possibilitar o melhor desenvolvimento possível dos discentes. Essa é uma variante conhecida por todos os professores, e estes sabem o quanto esta é importante em suas salas de aula, assim como reconhecem também a dificuldade em conciliar de fato, um método eficiente para cada estudante.
Tais considerações servem para mostrar os problemas sérios encontrados tanto com relação à estrutura como quanto às estratégias utilizadas na modalidade tradicional de ensino para dessa forma refutar antecipadamente, as mil maravilhas ditas sobre a EAD, essa que ao contrário do ensino comum, se processa friamente, sem o contado, sem a interação pessoal entre professor e aluno. Portanto, pode-se já supor que, não em estrutura física, mas em relação a métodos, na EAD esses problemas tendem a se agravarem. Analisemos então, essa questão a partir do ponto de vista da EAD traçado no texto metodologia da pesquisa em educação a distância, um trabalho conjunto de professores da UFPR.
O primeiro ponto que chama a atenção nesse escrito é a atribuição dada a pesquisa. Os autores mergulhados num ideal escolanovista que de fato não se executa na prática forçam a aproximação da pesquisa com o ensino. Eles ressaltam isso no seguinte trecho: “[...] incentivando a pesquisa como instrumento de ação para a organização das atividades necessárias para o aprendizado”. Antes de qualquer comentário referente a esse aspecto, deve-se de uma vez por todas ter a consciência de que pesquisa não é ensino. Qualquer analise prática e mesmo teórica, mostra que as duas são ações extremamente importantes para o progresso da ciência, mas que, no âmbito da educação escolar seguem caminhos paralelos. O ensino em si, é um momento de interação entre professor e aluno, nos âmbitos prático e emocional da mesma relação. Nesse contato, a medida que os conhecimentos são não transmitidos, mas compreendidos pelo estudante, leva-o a um novo degrau lógico e organizacional de seu pensar que, retribui ao educador com novas variáveis daquele conhecimento primeiro. Da consciência desse movimento, o ensino passa a ser ensino-para-si. Lembrando que o conceito não se aplica puro no cotidiano, pois é remodelado e redefinido a cada ato de ensinar, em cada lugar do mundo. Desse modo podemos afirmar que há sim, pesquisa no ato do ensino, entretanto, essa pesquisa tem caráter imediato e se processa nas estruturas cognitivas, no exercício do pensar, num esforço lógico inicial para sentir o feed-back daquelas informações apresentadas com relação à realidade.
Por outro lado, a pesquisa situa-se em um momento posterior ao ensino, não por simples organização hierarquia baseada em graus de importância entre um e outro, mas pelo processo natural de “desenvolvimento” do conhecimento, haja vista que, quando se realiza uma pesquisa, pressupõe-se sempre um determinado conhecimento inicial sobre o objeto de investigação.
Outro aspecto que se destaca no texto supracitado, é a aparência técnica reducionista dos métodos de pesquisa nessa modalidade de ensino. As orientações sobre os vários aspectos da pesquisa e particularmente seus métodos, são traçados no texto não como uma ação que antes de tudo, se radique na realidade, ou seja, que os dados mesmos obtidos podem consequentemente constituir-se como uma variável para o método. Diante disso, evidencia-se o não-humanismo, a carência quanto à interação pesquisador-realidade-método. Tal fato, a priori, parece simples e sem grandes consequências, mas na realidade este se vincula a uma série de outros que tem por meta extinguir a educação pública, por exemplo. Ademais, precisamos esclarecer o que leva a EAD a utilizar métodos com a aparência descrita acima, pois tal atitude não é decorrente de mera arbitrariedade.
No feudalismo, as relações de dominação se davam principalmente entre senhor e servo. Nesse momento da história, as condições materiais não exigiam grande número de pessoas com conhecimento seja esse teórico ou mesmo prático. A educação no feudalismo era acima de tudo responsabilidade da igreja, nesse caso a católica era dominante. Como a produção baseava-se no campo, tudo que era necessário sobre o manejo da agricultura era aprendido pelo servo na própria convivência em meio aquele ambiente. Dentro desse contexto, fatos levaram a revolução política na França e industrial na Inglaterra. Com o desenvolvimento das maquinas foi necessário treinar as pessoas para trabalhar com essas novas ferramentas, daí surge a educação institucional para todos, a escola. Mas no modelo de produção capitalista, a escola é elemento contraditório, pois ao mesmo tempo em que fornece mão de obra para as novas ferramentas, ela também estimula mesmo que suavemente o homem a pensar sobre sua própria vida. Seguindo o raciocínio, destacamos o principal objetivo do capitalismo, qual seja a obtenção sempre maior de lucro. Assim, a escola também significa um gasto perigoso para o estado burguês, este que normalmente, vai sempre tender a reduzir gastos nesse setor, assim como o conhecimento nele vinculado, buscando estritamente a capacitação para o trabalho e por outro lado investindo na educação privada, já que esta é lucrativa e, portanto se encaixa perfeitamente no modelo atual. Com o advento das tecnologias da comunicação e da informação, veio a oportunidade da redução de gastos com a educação sem, aparentemente perda de qualidade, nesse momento surge a EAD.
Como fruto desse modelo de produção, e mais especificamente como uma maneira de economizar com a educação comum, a educação a distancia em si traz a idéia central do capitalismo, priorizado acima de tudo o lucro, ficando sempre em segundo plano o lado humanístico, emocional que inevitavelmente é parte de uma educação emancipadora. Assim fica claro o entendimento sobre os aspectos técnicos da EAD, estes, buscam da mesma forma que a modalidade em si, reproduzir uma ideologia, um comportamento condizente com determinado modelo de Estado. É dessa maneira que se apresenta a metodologia da pesquisa nessa modalidade de ensino, como uma receita pronta a seguir, e ainda por cima misturando indevidamente pesquisa com ensino.
A guisa de conclusão podemos por aqui que, os objetivos de uma metodologia na pesquisa, não alcançam nessa modalidade aqui citada, resultados condizentes com a realidade, haja vista da força maior que a direciona sempre segundo um idealismo burguês, qual seja, o capitalismo moderno. Assim carece, acertadamente, de um feedback entre realidade e teoria nas produções via metodologia da educação a distancia. Por se realizar sem a interação direta entre aluno e professor, essa modalidade busca desesperadamente preparar e repassar uma receita de “como pesquisar” para seus clientes, esquecendo que cada lugar tem suas particularidades, assim como cada pesquisador e sua respectiva pesquisa, e acima de tudo, que a própria pesquisa esta sempre sujeita – se for uma pesquisa séria –, a utilizar novas estratégias e novas formas de proceder, sendo inútil uma receita pronta como oferece aqui a educação a distancia. Assim, segundo o texto a nós apresentados e mediante a análise contextual do problema, concluímos com consideração negativa, sobre a metodologia de pesquisa em EAD.
Bibliografia
LUKÁCS, Georg. Estetica I: La peculiaridad de lo estetico. Bracelona: Crijalbo, 1982.