quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Tampîri L’éducation

Nas nossas cidades, uma cena já se tornou corriqueira nessa época do ano. Após as escolas terem encerrado o ano letivo, inicia-se um esforço conjunto entre diretores, docentes e funcionários em geral e alunos, para o momento onde estes últimos terão reconhecido o seu trajeto escolar, seja na educação infantil, fundamental ou médio.
Tal momento não é apenas motivo de festa para as escolas, que na medida do possível se enfeitam para agradar a comunidade e os convidados de honra, as autoridades como costumam chamar. Mas é honroso para todos, se não, muitos dos pais, que se felicitam em apreciar aquela conquista de seu filho ou filha. Sem dúvida, o término de ciclo de seu filho na educação, é motivo de alegria. Principalmente quando lembramos que a maioria desses pais que presenciam esse momento festivo e religioso, não tiveram, nem de longe, a oportunidade de passarem por aquele momento e serem parabenizados pelos colegas.
Esses pais são pais trabalhadores, desde muito cedo entenderam que a vida é, acima de tudo, estar vivo. Para tanto, trabalhar e ganhar o alimento eram mais importante que estudar. Outros até tentaram, mas foram por fim, vencidos pela necessidade material. Hoje então, não nos admira que estes pais cansados estejam com os olhos molhados vislumbrando a pequena vitória do filho. Que para eles é a porta para muitas outras.
Esses pais, essas famílias cansadas do peso da vida árdua e às vezes injusta, colocam suas fichas na escola, na educação. Ingenuamente, eles acreditam que a escola possa de fato mudar o mundo de seus filhos. Mal sabem eles que, aquelas autoridades que as escolas convidam para jogar meia dúzia de frases de esperança, que deveriam ao invés disso mostrar na prática aquele discurso vazio, não estão preocupados com a boa educação, não estão preocupados com um futuro mais justo para os filhos daqueles pais esperançosos.
Esses senhores de honra, ou de falsa honra, pelo contrário, procuram a cada minuto, tornar piores as condições da educação de nossas cidades. Procuram de toda forma negar apoio, criar barreiras. E apesar de tudo isso, vestem suas mascaras e distribuem sorrisos, ludibriam, enganam, tornam dia após dia a educação em um faz de conta. Mesmo assim são convidados de honra. Nas escolas falta o básico, professores. Mas com tudo isso, os responsáveis por esse descaso são os convidados de honra.
Tudo eles planejam para atrasar a educação e encher suas contas, esses são os responsáveis pelo fracasso da escola. Em more, dialeto africano, os imbecís que arruínam a educação, a saúde. Aqueles que fingem diante da gente sofrida para mais lhes roubar, que dizem cuidar da educação enquanto a destroem, são chamados Tampîri.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

JUMENT EDITION: O ornitorrinco voltou ! ! !

Já se encontra nas dependências da FECLESC, nos sextos de lixo, e fundos de gaveta, a segunda Edição do Ornitorrinco Buliçoso. Não tem jeito, os burocratas de plantão tentaram esconder, abafar, mas o Ornitorrinco é passado na casca do alho, e deu as caras novamente. E ele já avisa que voltará, em breve, mais ardiloso, provocante e impertinente. Ele agora vai pegar pesado, na ciência, no humor, na poesia denuncia e na crítica.


Saboreiem o Jument Edtion, e se preparem para o próximo!

Boa Leitura ! ! !

Para os iniciantes nos estudos sobre o marxismo, eis uma dica para entender a categoria marxista "trabalho alienado". Os manuscritos economicos-filosóficos de Marx, nos possibilita ainda, mesmo de principio, perceber algumas das principais falhas do sistema hegeliano. Além dessas contribuições, esta obra traz de maneira clara e breve, as intenções do projeto socialista, desmistificando todas as incoerências que hoje são postas sobre esse eixo do marxismo. Compreender-se-á por exemplo, o real sentido da "abolição do Estado" enfatizada por Marx, assim como a relação desse processo com as forças produtivas e com os bens alcançados pela tecnoloia nos dias atuais. Efim, não dá pra explicar muito, só lendo mesmo.


Abraço a todos, e boa leitura!